Qua, 26 de abril de 2017, 14:04

UFS integra campanha da OMS e realiza "Um dia pela saúde"
Evento foi realizado na última terça-feira, 25, e debateu temas como depressão e Aedes aegypti

Na última terça-feira, 25, a Universidade Federal de Sergipe reuniu toda a comunidade acadêmica para “Um dia pela saúde na UFS”, integrando a campanha anual de valorização à vida promovida pela Organização Mundial da Saúde.

Com o apoio das pró-reitorias de graduação, pós-graduação, assistência estudantil e extensão, bem como das Secretarias Municipal e do Estado da Saúde, foram realizadas ações voltadas para a prevenção e para o diagnóstico inicial de doenças infecciosas (DSTs, hepatites A e B, dengue, chikungunya e zyka vírus), doenças crônicas e de saúde bucal, além de, quando necessário, encaminhamentos às unidades de saúde.


Profissionais da área da saúde orientam quanto à prevenção e diagnóstico de doenças infecciosas (Fotos: Adilson Andrade / Ascom UFS))
Profissionais da área da saúde orientam quanto à prevenção e diagnóstico de doenças infecciosas (Fotos: Adilson Andrade / Ascom UFS))

De acordo com a reitora da UFS em exercício, professora Iara Campelo, a preocupação com a saúde deve estar além de uma questão individual. “Vivemos numa época em que inúmeros problemas estão atrelados à vida em sociedade e, conseqüentemente, ao ambiente de trabalho. Sendo assim, também é nossa a responsabilidade de fornecer à comunidade acadêmica instruções e orientações sobre a melhor forma de cuidar da saúde, sendo ela do corpo ou da mente”, ressalta.


Iara Campelo, reitora da UFS em exercício
Iara Campelo, reitora da UFS em exercício

Ela salienta ainda que a ação é um dia de alerta, uma vez que, nos últimos anos, o número de docentes, servidores e estudantes com problemas de saúde decorrentes de uma rotina estressante tem se tornado cada vez maior. “Toda essa relação social com o imediatismo, como ‘tem que ser para ontem’, com a dificuldade de espera tem causado muitos problemas no nosso corpo acadêmico, bem como na sociedade de uma forma geral. São inúmeros casos de fadiga, depressão, ansiedade, pânico, estresse.. Isso precisa ser discutido, acompanhado e acolhido pela gestão. E estamos reunidos aqui para isso”, completa Iara.

Depressão: precisamos conversar sobre isso

Com o tema “Let’s talk” (Vamos conversar, em português), a Organização Mundial da Saúde convidou todos os gestores públicos e particulares a participarem de uma ação conscientizadora sobre a depressão, um dos transtornos mentais mais crescentes em todo o mundo e que tem afetado pessoas de todas as idades.

Para discutir o tema e integrar a ação da OMS, o Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos da UFS (DDRH) reuniu profissionais da saúde em mais um Programa #ServidorCidadão , que aconteceu na Sala dos Conselhos do prédio da reitoria.

Na ocasião, foram apresentados dados oficiais da OMS, colocando o Brasil como o país com o maior índice de depressão no mundo, sendo o transtorno a quarta causa de afastamento do trabalho.

“A depressão tem tomado proporções alarmantes em todo o mundo e precisamos falar sobre isso, uma vez que raiz do problema é social. No entanto, apesar desses dados tão crescentes, faz-se necessário dizer que há tratamento, há cura, e que ninguém precisa passar por isso sozinho. Estamos diante de servidores, mas também podemos estar diante de pais e de filhos que precisam de ajuda. Esclarecimento é tudo”, explicou a psicóloga e psicanalista Petruska Passos Menezes, uma das palestrantes do evento.


Pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Mário Adriano
Pró-reitor de Assuntos Estudantis, professor Mário Adriano

Segundo o pró-reitor de assuntos estudantis, professor Mário Adriano dos Santos, a iniciativa da OMS é um grande passo para entender o assunto e reduzir o preconceito que está associado a ele.

“A ação da OMS contribui positivamente para uma reflexão social que precisa, a todo custo, ser feita, uma vez que o não esclarecimento e a falta de apoio dos que estão ao redor podem levar a conseqüências gravíssimas, como o suicídio. Não pode haver preconceito, mas sim união, solidariedade, informação e a mensagem de que há tratamento. Sendo assim, a universidade se coloca à disposição para debater o tema com toda a comunidade acadêmica”, explica o pró-reitor.

Dengue, Zyka e Chikungunya

Outro ponto importante no evento “Um dia pela saúde na UFS” foi o debate acerca do Aedes Aegypti, mosquito causador de doenças como dengue, zyca vírus e chikungunya, ocorrido no auditório da reitoria

Na ocasião, foram apresentados dados epidemiológicos das arboviroses e da microcefalia em Sergipe, bem como das ações desenvolvidas nos anos de 2016 e 2017 pela Sala Estadual de Situação, criada com o objetivo de coordenar e monitorar as mobilizações de combate ao vetor Aedes aegypti por meio de uma resposta integrada e intensificada.

Segundo a coordenadora do Núcleo Estratégico da Saúde da SES (NET/SES), Eliane Nascimento, em 2016, o estado teve um alto índice de epidemias dessas arboviroses, tendo diminuído já em 2017 com ações pontuais da SES. “Tivemos uma grande redução dos casos de dengue zyca e chicungunya no estado, mas ainda é muito cedo para comemorarmos, uma vez que é necessário um grande trabalho de mobilização com a sociedade, principalmente nas áreas mais precárias de saneamento”, explica.


Eliane Nascimento, coordenadora do Núcleo Estratégico da Saúde da SES (NET/SES)
Eliane Nascimento, coordenadora do Núcleo Estratégico da Saúde da SES (NET/SES)

Ela aproveitou ainda a presença de estudantes, professores e representantes dos municípios de Aracaju e de São Cristóvão para salientar a importância das mobilizações, análises dos dados e visitas de agentes de endemias, a fim de continuarem tendo dados precisos da situação em Sergipe.

Durante a palestra, também foi apresentado o portal da Sala de Situação, disponível no site da SES, onde são encontradas informações sobre o Aedes, informes semanais, ações desencadeadas em combate ao mosquito, além de documentos técnicos, relatórios e formas de denúncias em caso de detecção de focos.


Alaíde Hermínia, pró-reitora de extensão da UFS
Alaíde Hermínia, pró-reitora de extensão da UFS

Para a pró-reitora de Extensão da UFS, Alaíde Hermínia, a iniciativa de explanar dados gerenciados pelo Nest/SES reflete a consciência do corpo acadêmico nas ações de pesquisa junto aos municípios sergipanos. “Em procedimento ao trabalho de controle epidemiológico que a SES já desenvolve, podemos sedimentar atividades específicas, especialmente onde a UFS atua, a exemplo de Lagarto, Laranjeiras, Nossa Senhora da Glória e São Cristóvão. Entendemos que não podemos estar fora desse processo”, ressaltou Hermínia.

Jéssica Vieira

Ascom UFS

comunica@ufs.br


Atualizado em: Qui, 27 de abril de 2017, 08:40
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